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Tradução: A. Veiga Fialho
"Paramos na estrada e olhamos o sacristão enchendo a cova com a terra remexida. Um camponês de barba negra e botas altas de couro estava ao lado do túmulo. O coveiro parou de trabalhar e endireitou as costas. O camponês de botas altas tirou a pá do sacristão e continuou enchendo a sepultura, espalhando a terra por igual como um homem espalhando esterco num jardim. Na manhã clara de maio aquele encher de sepultura parecia irreal. Eu não conseguia imaginar ninguém morto.
- Imagine ser enterrado num dia assim - disse eu para John.
- Eu não gostaria.
- Bem - tornei eu - não precisamos morrer."
[Civilização Brasileira, 1976, p.99-100]
Interessante este trecho que escolheste para ilustrar os contos deste americano que se suicidou.
ResponderExcluirPessoalmente, o único livro que gosto dele é "O Velho e o Mar". Mas sempre é bom saber alguma coisa a mais.