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O Estrangeiro - Albert Camus
Best Bolso
Tradução: Valerie Rumjanek.
2010
110 páginas
R$15, 00
2010
110 páginas
R$15, 00
Pois bem. De personagens “espinhosos” minha memória literária está cheia!
Depois de ler Melville e encarar Camus fiquei naquele “estado de inércia
existencial” e nada mais fez sentido... . Claro,
quando li Beckett o choque foi bem maior [acreditem, um vazio sem fim], e agora
com este texto do Camus não foi diferente. Imobilidade
[naquele sentido que comentei no post anterior] é a palavra chave
para estas duas últimas leituras [+ o Beckett].
"Hoje, mamãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem." Estas são as primeiras palavras do livro. Daí, você pensa: puxa, era a mãe do cara! E isso não é nada perto do que
se desenrola ao longo da narrativa. Mersault, personagem principal, se
envolve em situações inusitadas, ao ponto de cometer um crime [spoiler, aqui!]. É um indivíduo resignado, seguro em sua zona de conforto, impassível; justamente porque não espera absolutamente nada da vida, assim como Bartleby
ou as personagens de Beckett [sem comparações, mas é impossível não tecer
aproximações entre as obras]. E
aquele sentimento de impotência invadindo o peito e só.
Bem como qualquer leitura capaz de nos transformar em sujeitos mais
lúcidos [aquela lucidez clariceana que te vira do avesso], eu mudei com estes
caras [Beckett, Melville e Camus], sem falar em Dostoiévski, Kafka, Sartre... [papo
para outra hora menos tensa]!
Recomendadíssimo! Five stars no Goodreads!
Por hoje é só, até a próxima!
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