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Bartleby, o escriturário – Herman Melville
L&PM Pocket Plus
Tradução: Cássia Zanon
2008
96 páginas
R$10, 00
A
história de Bartleby me chegou aos ouvidos por acaso [existe desde
1856, mas nunca é tarde!], ao ler uma resenha sobre o livro de Enrique Vila-Matas
intitulado Bartleby & Companhia, em
que o autor toma por base o texto/história original de Melville. Matas cunhou,
desde então, a expressão “Síndrome de Bartleby”, mal que supostamente atingiria
alguns escritores após a criação de uma grande obra, isto é, uma tremenda crise
criativa [ainda não li o livro do Vila-Matas, mas estou curiosa!].
Bartleby, de
Melville, é um daqueles funcionários burocratizados e mecânicos que habitam o
nosso cotidiano; eficiente ao principiar seu ofício no escritório de um
advogado, mas que de repente se opõe ao
sistema [vamos relativizar a palavra sistema aqui, ok?],infringindo regras e
descumprindo ordens: seu mantra favorito é
“prefiro não fazer”. E não faz. Absolutamente nada. Bartleby pratica
suas insubordinações com uma naturalidade espantosa; sem falar na parede de
tijolos... [se você ainda não leu este livro...faça um favor para sua alma!] . Melville
constrói uma grande metáfora da
imobilidade, em todos os sentidos. Nada se transforma, nem o homem, nem a sociedade
[lembrei muito de Beckett, outro favor para sua alma, já!]. Godot que não vem, Bartleby que
nada faz. Difícil é digerir rapidamente uma leitura tão densa como esta.
Recomendadíssimo! Five Stars no Goodreads!
Por hoje é só, até a próxima!
E eu fiquei pensando onde está a minha grande obra. Porque a crise criativa...
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