PARIS É UMA FESTA [ERNEST
HEMINGWAY]: Hemingway viveu em Paris por alguns anos fazendo parte do
círculo de escritores e artistas expatriados na década de 20. Tal experiência é relatada em Paris é uma festa. A leitura vale pela
escrita enxuta, irônica e apaixonada, sobretudo pela relação do autor com
outras personalidades literárias da época, como Gertrude Stein, Ezra Pound e
Scott Fitzgerald. Hemingway nos fala
também de sua escrita pelos cafés de Paris, embora vivesse uma vida modesta. O
filme Meia Noite em Paris, de Woody
Allen, retrata com perfeição esse período.
LARANJA MECÂNICA [ANTHONY BURGESS. ALEPH,
2004. 224 p.]: Só tenho a dizer, ó, meus irmãos!, que
Laranja Mecânica é um livro
primoroso. A tradução me parece de qualidade e foi muito divertido embrenhar-me
pelas gírias “nadsats” [inclusive o livro é acompanhado de um glossário, mas
preferi não consultá-lo para manter a “estranheza” da leitura]. A transposição
de Kubrick para a tela de um anti – herói tão controverso não poderia ser
melhor [assista ao filme homônimo, por favor!].
ARQUITETURA DO ARCO - ÍRIS [CÍNTIA
MOSCOVITH. RECORD, 2004. 176 p.]: Sempre gostei da escrita de Cíntia. Uma
prosa poética de fôlego, de rara sensibilidade. Arquitetura do Arco – Íris traz dez contos, divididos em duas
partes, de temática diversa e permeados por um olhar “clariceano”. Confesso que
a segunda parte do livro não me emocionou tanto. Estou curiosa por ler Essa coisa brilhante que é a chuva, seu
último livro.
O MENINO DO PIJAMA LISTRADO [JOHN BOYNE. COMPANHIA DAS LETRAS, 2007.
186 p.] : Tenho certa
resistência com algumas leituras de obras literárias adaptadas para o cinema, mas Menino do Pijama Listrado não me decepcionou.
Bruno, um menino de nove anos que vive em plena Segunda Guerra Mundial, constrói
uma sincera amizade com Shmuel, também de nove anos, que mora “do outro lado da
cerca”. E ao longo da narrativa acompanhamos [angustiados!] a inocência
infantil descambar para um final tragicamente inusitado... É claro que lembrei
de O diário de Anne Frank ou A menina que roubava livros. Recomendo
também o filme homônimo, dirigido por Mark Herman,
lançado em 2008.
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